Dizer “não” não é egoísmo, é autoconhecimento
Quantas vezes você já disse “sim” querendo dizer “não”?
Quantas vezes se sentiu exausto(a), irritado(a) ou culpado(a) por tentar agradar os outros e se colocar sempre em segundo plano?
Esse comportamento é mais comum do que parece.
E não, ele não vem de falta de força ou fraqueza, ele nasce da forma como aprendemos, desde cedo, a nos relacionar com o mundo.
Por que é tão difícil dizer “não”?
Aprender a agradar foi, em muitos contextos, uma forma de se proteger.
Mas quando essa necessidade de aceitação se torna constante, começamos a perder o contato com nossos próprios limites.
Entre os principais motivos psicológicos que dificultam o “não” estão:
1️⃣ Medo de rejeição: o receio de desapontar e ser abandonado.
2️⃣ Culpa: a crença de que dizer “não” é falta de empatia ou egoísmo.
3️⃣ Fuga do conflito: a ideia de que a harmonia só é possível quando não há discordância.
Esses padrões podem estar ligados a experiências familiares, educação rígida, baixa autoestima ou até a contextos de relacionamentos abusivos, nos quais o “sim” era a única forma segura de ser aceito.
Limites não são muros. São pontes.
Muitas pessoas associam o limite à distância, ao fechamento, à rejeição.
Mas o limite saudável é exatamente o oposto: ele aproxima, porque nasce do respeito e da clareza.
Colocar limites é uma forma de comunicar o que é importante pra você.
É uma maneira de cuidar da relação com o outro sem se anular no processo.
➡️ Limites não afastam. Organizam.
Eles preservam sua energia, seu tempo e a sua saúde emocional — e permitem que o outro saiba até onde pode ir sem invadir o seu espaço.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e o desenvolvimento de limites
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), aprendemos que comportamentos de agradar excessivamente são sustentados por crenças disfuncionais, como:
- “Eu preciso ser aceito por todos.”
- “Dizer não machuca o outro.”
- “Ser gentil é sempre concordar.”
Durante o processo terapêutico, o paciente aprende a:
✔️ Identificar esses pensamentos automáticos,
✔️ Reestruturá-los de forma mais realista,
✔️ Desenvolver habilidades de assertividade e comunicação empática.
O objetivo não é se tornar uma pessoa fria ou distante,
mas alguém capaz de se posicionar com empatia, clareza e respeito.
Dizer “não” é um ato de cuidado
Ao contrário do que aprendemos, o “não” é uma das expressões mais maduras do afeto.
Ele diz: “Eu respeito você, mas também respeito a mim.”
Cuidar da sua saúde emocional inclui reconhecer seus limites e ter coragem de sustentá-los, mesmo que, no início, isso traga desconforto.
Dizer “não” é abrir espaço para o que realmente importa.
Reflita
👉 Quantas vezes o seu “sim” tem custado caro pra você?
👉 O quanto você tem se afastado de si mesmo tentando ser aceito pelos outros?
Essas perguntas são o começo de um processo profundo de reconexão.
Quer aprender a colocar limites com segurança e empatia?
Na psicoterapia, especialmente na TCC e na Terapia Comportamental Dialética (DBT), você aprende a reconhecer seus padrões, se posicionar com equilíbrio e construir relações mais saudáveis.
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Valéria Noronha
Psicóloga | CRP
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Formação em Terapia Comportamental Dialética (DBT) e Perdas e Luto
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Com carinho, Psi.
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Psicóloga em Especialista Psicoterapia e Terapia Cognitivo Comportamental.
