Você já se pegou criando todo um roteiro mental de como algo deveria acontecer e, quando a realidade seguiu por outro caminho, sentiu frustração, decepção ou até raiva?
Isso é mais comum do que parece.
A mente humana tem uma incrível capacidade de antecipação. Criamos imagens, falas, reações e até emoções futuras com riqueza de detalhes. Projetamos como uma viagem deve ser, como uma conversa com alguém importante deve acontecer, como o outro deve se comportar, como nós deveríamos nos sentir. Só que, ao fazer isso, sem perceber, criamos um “roteiro mental” que, se não for seguido à risca, gera incômodo.
E então, mesmo que o momento real tenha algo de bom, ele passa despercebido. Por quê?
Porque ele não correspondeu à idealização que construímos.
É como se a expectativa funcionasse como um filtro distorcido: não conseguimos mais ver ou sentir o que realmente está acontecendo, pois estamos comparando tudo com o que deveria ter sido. E é aí que o prazer, a espontaneidade e a leveza da experiência presente se perdem.
Expectativa não é o mesmo que esperança
É importante fazer uma distinção. Ter esperança ou planos é natural e saudável. Queremos que as coisas deem certo, sonhamos com situações boas, e isso faz parte da motivação humana. Mas o problema surge quando a expectativa se torna rígida, inflexível e exigente, como se só existisse uma forma certa de viver uma experiência.
E quando essa forma não acontece, vem a frustração.
Muitas vezes, também projetamos no outro aquilo que gostaríamos que ele fosse ou fizesse. Isso pode afetar relacionamentos, gerar mal entendidos e até afastamentos. Afinal, ninguém consegue cumprir um papel que existe apenas dentro da nossa cabeça.
Um convite à leveza
Viver com menos expectativa não significa viver sem direção. Mas significa estar mais disponível para a experiência real, com mais presença e aceitação. Isso permite que a alegria surja de forma mais genuína — não por atender a um padrão idealizado, mas por se conectar com o que está vivo, agora.
✨ No fim das contas, quando soltamos o controle, ganhamos espaço para o prazer verdadeiro: aquele que nasce da autenticidade do momento, e não do roteiro mental que inventamos sobre ele.
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Valéria Noronha
Psicóloga | CRP
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Formação em Terapia Comportamental Dialética (DBT) e Perdas e Luto
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Psicóloga em Especialista Psicoterapia e Terapia Cognitivo Comportamental. Atende Online e em Porto Alegre/RS