O luto é solitário — e não por escolha.
Por que é tão difícil falar sobre a dor da perda?
Quando falamos em luto, muitas pessoas pensam imediatamente na morte. Mas o luto também está presente em outras perdas: o fim de um relacionamento, a perda de um trabalho, a mudança de cidade, uma doença crônica, a perda de uma expectativa. Em todas essas situações, existe uma ruptura com algo que fazia parte da vida, do afeto, da identidade.
E ainda assim, a vivência do luto permanece invisível aos olhos de muitos.
🕯️ O luto é um processo, não um evento
Não é algo que “acaba” de uma hora para outra. Ele vem em ondas. Às vezes com intensidade, às vezes silencioso. Pode durar meses, anos — e tudo bem. Luto não se mede em tempo, mas em significado.
Infelizmente, vivemos em uma cultura da pressa, da positividade forçada e do desempenho. Isso faz com que a dor emocional seja tratada quase como um “incômodo social”. Ninguém quer falar sobre a morte. Poucos sabem como lidar com quem perdeu alguém. Por isso, quem está enlutado frequentemente ouve frases que reforçam o isolamento:
– “Já não passou o tempo do luto?”
– “Mas você está assim ainda?”
– “Pense nas coisas boas que você ainda tem…”
Frases assim deslegitimam a dor. E o que a pessoa sente? Culpa, solidão, vergonha por ainda sofrer.
🧠 O papel da psicoterapia no luto
O espaço terapêutico é, muitas vezes, o único lugar seguro onde a dor pode ser expressa sem filtros. Um espaço onde o enlutado não precisa se justificar, onde pode voltar a falar da pessoa que perdeu, dos sentimentos confusos, da raiva, da saudade, da culpa. Onde tudo isso é acolhido como parte legítima do processo.
A psicoterapia ajuda a ressignificar a perda, sem apressar o luto. Não se trata de esquecer, mas de integrar a ausência à vida que segue, com menos sofrimento e mais presença.
🌱 Cuidar do luto é cuidar da saúde emocional
Se você está passando por um processo de luto, lembre-se: você não precisa estar forte o tempo todo. Você tem o direito de viver a sua dor, de sentir saudade, de se recolher, de buscar apoio.
E se você conhece alguém que está vivendo um luto, talvez a maior ajuda seja apenas estar presente. Não com conselhos prontos, mas com escuta genuína.
🧡 O luto precisa de companhia. E de cuidado.
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Valéria Noronha
Psicóloga | CRP
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Formação em Terapia Comportamental Dialética (DBT) e Perdas e Luto
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Psicóloga em Especialista Psicoterapia e Terapia Cognitivo Comportamental. Atende Online e em Porto Alegre/RS