Luto não é só sobre morte: quando há vínculo, há perda e dor.
Quando ouvimos a palavra luto, é comum pensarmos imediatamente na morte de alguém querido. E sim, essa é uma das experiências mais profundas e dolorosas de perda que podemos vivenciar. Mas o luto vai além disso. Ele também se manifesta em outras formas de separação — menos faladas, mas igualmente impactantes.
Luto é reação à perda — não importa qual
Luto é uma resposta emocional natural diante da perda de algo que tinha significado para nós. Sempre que há um vínculo, existe também a possibilidade de luto. Porque o luto é sobre ausência, mudança e adaptação.
Perdemos, sofremos e precisamos reorganizar o mundo interno — mesmo quando o que se perdeu não é uma vida, mas um papel, uma fase, uma ideia, uma esperança.
Exemplos de lutos que não costumamos nomear (mas que doem)
- O fim de um relacionamento amoroso
- A perda de um emprego ou carreira
- A saída dos filhos de casa (o chamado “ninho vazio”)
- A mudança de cidade ou país
- O rompimento de amizades importantes
- A aposentadoria e a perda do papel profissional
- O diagnóstico de uma doença crônica
- A impossibilidade de ser mãe ou pai
- A perda de uma identidade, como a fé ou uma crença de vida
- O “luto branco” de cuidar de alguém que ainda está vivo, mas já não é o mesmo — como em casos de demência
Esses lutos silenciosos muitas vezes não recebem o mesmo acolhimento social que um luto por morte. Isso pode fazer com que a pessoa sofra calada, sem se dar o direito de sentir ou pedir ajuda.
Por que falar sobre isso é tão importante?
Porque validar o luto é um passo essencial para cuidar dele. Muitas vezes, nos forçamos a “seguir em frente” rápido demais, a “ser fortes” ou a “não reclamar porque tem quem esteja pior”. Mas o sofrimento não precisa de comparação. Ele precisa de espaço.
Negar a dor só faz com que ela se acumule. Acolher é o que permite transformação.
Como a psicoterapia pode ajudar?
A psicoterapia é um espaço onde a dor da perda pode ser escutada sem julgamentos, rotulações ou pressa. É um lugar seguro para organizar sentimentos, entender o que foi perdido, resgatar partes suas que ficaram pelo caminho — e, pouco a pouco, ressignificar.
Com acolhimento, ciência e vínculo, é possível reconstruir sentido, mesmo quando a vida parece partida.
Valéria Noronha
Psicóloga | CRP
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Formação em Terapia Comportamental Dialética (DBT) e Perdas e Luto
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Psicóloga em Especialista Psicoterapia e Terapia Cognitivo Comportamental. Atende Online e em Porto Alegre/RS