Meus mortos não descansam porque vivem no meu coração, dia após dia, segundo após segundo eles são o motor da minha vida.
Meus mortos não habitam túmulos ou nichos de nenhuma igreja, eles estão em sua cadeira habitual. Em seus abraços e olhares de amor, em suas receitas, em seus cheiros da terra que me fazem sentir muito perto dos meus ombros e do meu coração.
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Meus mortos voaram e continuam a voar como um beija-flor em volta de mim, eles são meus anjos, meus protetores. Os alados que rejeitam as balas de intimidação do inimigo e as manifestações negativas que podem afetar meu coração.
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Meus mortos são minha bússola, as estrelas do céu marcam as rotas e as direções a seguir.
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Meus mortos têm a vida eterna e me pegam pela mão, olham para mim e me observam, acariciam meu espírito e motivam meu espírito de luta.
Meus mortos precisam da minha alegria para viver, porque com isso eu lhes dou vida, eu os mantenho vivos em meu ser.
É por isso que meus mortos são seres mais vivos do que muitos vivos e depende de mim que eles aproveitem esta vida que eles deixaram antes do chamado de nosso Senhor.
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É por isso que eu não choro aos meus mortos, é por isso que a lágrima que escorre pelas minhas bochechas é a felicidade, porque meus mortos não saíram, eles estão em mim!
Minha vida, minhas emoções, minha realidade e minha transcendência, são deles. Meus mortos deixaram de existir para o resto da humanidade, mas vivem em mim e eu voo com eles nesta linda vida que Deus nos deu.
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Hoje não visito tumbas, nem acendo velas. Hoje só revivo suas memórias e as abracei no café da manhã, e meu coração se alegra em compartilhar com elas minha primeira xícara de café, esse dia dos mortos que hoje vive em mim!”
Autor desconhecido
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Psicóloga Valéria Noronha
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